quinta-feira, 27 de março de 2014

IMUNIZAÇÃO contra HPV

O QUE É HPV?
Cerca de 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV e a incidência anual de 500 mil casos de câncer de colo do útero. “HPV” é a sigla em inglês para papilomavírus humano, vírus capazes de infectar a pele ou mucosa, são mais de 100 tipos diferentes.
Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV é transitória e regride espontaneamente, mas em alguns casos a infecção persiste, sendo ela causada por um vírus oncogênico (potencial para causas câncer). Câncer de colo do útero tem origem na infecção causada pelo HPV oncogênico que causa lesões precursoras no fundo da vagina e, se não tratadas, podem se transformar em câncer. Na maioria das vezes, as lesões não apresentam sintomas, conforme avança aparece o sangramento vaginal, corrimento e dor, nesses casos é importante procurar um atendimento de saúde.
Além da infecção do HPV, a imunidade, genética e o comportamento sexual influenciam na chance de desenvolver o câncer de colo de útero. O tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais, de gestações e o uso de pílula anticoncepcional e a atividade diminuída do sistema imunológico (causada por infecção pelo HIV ou uso de imunossupressores) são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
As mulheres podem se prevenir do câncer do colo do útero através do exame ginecológico (Papanicolau), se as feridas forem detectadas previamente a cura acontece em 100% dos casos. O exame pode ser feito por mulheres que já tiveram relações sexuais ou entre 25 a 64 anos. O exame deve ser realizado uma vez por ano, passando a cada três anos, se os resultados forem normais.
Tanto os homens quanto às mulheres podem estar infectados pelo vírus HPV. A principal forma de transmissão se dá pelo ato sexual (oral-genital, genital-genital ou genital-anal) ou quando em contato direto da pele/mucosa infectada. Para prevenir a transmissão é imprescindível o uso de preservativo (camisinha) durante todo o contato sexual (com ou sem penetração).

IMUNIZAÇÃO  
 A partir de 10 de março começou a ser aplicada a vacina contra HPV gratuitamente pelo SUS em meninas de 11 a 13 anos em escolas e postos de vacinação. Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação.
As vacinas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos. Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes.
As vacinas possuem maior indicação para meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.
Não existe risco à saúde caso uma pessoa que já tenha tido contato com o HPV for vacinada. As vacinas são seguras e bem toleradas e a duração da eficácia foi comprovada até 8-9 anos. Os eventos adversos mais observados incluem dor, inchaço e vermelhidão no local da injeção e dor de cabeça de intensidade leve a moderada.
Esta vacina não é indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) imunobiológicos.
A vacina é recomendada em três doses e deve ser aplicada no musculo (via  intramuscular). A segunda após seis meses da primeira dose e a terceira após cinco anos.
Mesmo com a imunização, é importantíssimo manter a realização do exame preventivo, pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos de HPV (responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero).
Em 2015, serão vacinadas as adolescentes de 9 a 11 anos e a partir de 2016, serão vacinadas as de nove anos de idade.

Caso ainda haja dúvidas, entre em contato com um profissional da área da saúde ou envie a sua duvida para o nosso blog.

Por: Beatriz Moreira Furtado

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