segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vasectomia


O que é a vasectomia?
A vasectomia é um procedimento cirúrgico pelo qual um homem pode se tornar estéril. O médico retira um fragmento de cada um dos dois canais (ductos deferentes) que são responsáveis por levar os espermatozóides dos testículos ao pênis. Em poucos meses, o sêmen (o líquido que é ejaculado durante o ato sexual) não mais conterá mais os espermatozóides.
Não ocorrem mudança na capacidade do homem de conseguir a ereção ou mesmo de desenvolver a atividade sexual após a cirurgia. A única diferença é a ausência de espermatozóides no esperma.


Quando é utilizada?
A vasectomia é um dos meios mais eficientes e seguros para obter controle de natalidade e só deve ser realizada a pedido do homem ou do casal. É importante saber que este é um procedimento que, na maioria das vezes, é irreversível. Uma alternativa é escolher outros métodos de controle de natalidade até finalizar a decisão (por exemplo: uso de preservativo).

O que acontece durante o procedimento?
A vasectomia é realizada sem a necessidade de internação hospitalar, podendo ser feita no próprio consultório médico. Geralmente leva de 15 a 20 minutos. O médico aplica uma anestesia local em dois lugares na bolsa escrotal. Após, é realizado um pequeno corte na pele de cada lado da bolsa escrotal, os ductos deferentes são expostos no lado de fora, retira-se um fragmento do mesmo e cada pedaço do ducto remanescente é amarrado com o propósito de não haver uma possível recanalização. Em seguida, os ductos são colocados de volta na bolsa escrotal e a pele é fechada por pontos.

O que ocorre após o procedimento?
O paciente poderá ir embora após o término da cirurgia. Pode haver um pouco de dor no local por 3 ou 4 dias após a operação. Um pouco de sangue ou outro líquido pode escorrer pelo corte. A área em volta do corte pode inchar um pouco e a pele poderá ficar levemente azulada ou escurecida.

Recomendações:
- Colocar uma bolsa de gelo no local da cirurgia;
- Permanecer em casa por 2 ou 3 dias;
- Evitar carregar peso por, no mínimo, 1 semana;
- Usar uma cueca mais justa de modo a conter a bolsa escrotal por 4 ou 6 semanas;
- Tomar analgésicos se forem recomendados pelo médico;

O paciente poderá voltar a ter relações sexuais quando se sentir a vontade, o que ocorre geralmente após uma semana da cirurgia. Entretanto, por pelo menos um ou dois meses deve-se usar outro método preventivo para evitar uma gravidez indesejada. Isso é necessário até que os espermatozóides reservados se esgotem e o teste de contagem (espermograma) for negativo.

Quais são as vantagens da vasectomia?
-
Método seguro para evitar a gravidez;
- Não é necessário que se tome nenhum tipo de pílulas ou outras substâncias;
- Não é necessário que haja interrupção do ato sexual.


Quais são os riscos associados a este procedimento?
- Não previne contra DST;
- Existe a chance de que em meses após a cirurgia, espermatozóides ainda estejam presentes no esperma e isso acarretar em gravidez indesejada;
- Existe risco de infecção, caso os cuidados e recomendações não sejam seguidos.

FONTE: modificado de boasaude.uol.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Campanha "Curas Que Matam"

Um grupo de organizações da América Latina e Caribe lançou a campanha
"Curas que Matam".


No dia 17 de maio celebra-se o Dia Internacional contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia, comemorando que em 1990, num feito histórico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aceitou oficialmente a homossexualidade como uma variação natural da sexualidade humana. Desde então, a comunidade científica internacional se opõe a todas as abordagens que consideram a homossexualidade como uma enfermidade que deva ser “curada”. O consenso médico e político também vem crescendo em todo o mundo no sentido de adotar o mesmo enfoque sobre a transexualidade.
Opondo-se a isto, algumas vozes conservadoras ainda pregam e promovem a chamada “terapia reparativa”, muitas vezes com o apoio de correntes religiosas e, às vezes, inclusive como consentimento de instituições do Estado. Estes “tratamentos” não apenas são ineficazes como também reforçam os sentimentos de culpa e a baixa auto-estima, aumentam o sofrimento psicológico e, em alguns casos extremos, levam pessoas ao suicídio. Por outro lado, ao incentivar a homofobia, lesbofobia e transfobia, incitam a discriminação, a violência e os assassinatos.

Objetivos da Campanha

A grande campanha latinoamericana e caribenha “CURAS QUE MATAM” se opõe a qualquer terapia que pretenda “curar” a homossexualidade e a transexualidade.
EXIGE que os governos observem o princípio da laicidade dos Estados latinoamericanos e caribenhos e tomem medidas concretas para combater as práticas “reparadoras” da homossexualidade e transexualidade, incluindo a interrupção de qualquer financiamento público a instituições ou indivíduos que não estejam claramente distanciados dessas práticas.
EXIGE que as instituições nacionais ou locais de saúde pública retirem dos sistemas de saúde público e privado todas as pessoas que pratiquem ou promovam práticas “reparadoras” da homossexualidade e transexualidade.
INSTA que doadores privados e financeiras incluam como critério para aprovação de solicitações de apoio a rejeição ao discurso de terapias “reparativas” que atentam contra os direitos humanos.
SOLICITA que as autoridades religiosas condenem firmemente o uso de discursos que proponham e/ou incentivem processos de “reparação” da homossexualidade e transexualidade, e que promovam a aceitação da diversidade sexual e de gêneros.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Livro: Religião e Homossexualidades

Livro: Religiões e Homossexualidades, de
Maria das Dores Campos Machado & Fernanda Delvalhas Piccolo


Lançado no dia 23 de março de 2011, o livro Religiões e Homossexualidades discute visões de lideranças católicas, evangélicas, judias e das religiões mediúnicas (tanto kardecistas quanto afro-brasileiras) sobre questões relacionadas à homossexualidade – especialmente sobre novas propostas jurídicas – como a homofobia, a polêmica do casamento gay, direitos previdenciários e adoção.
Em uma época em que movimentos religiosos fundamentalistas procuram impor seus valores a um Estado laico, e, ao mesmo tempo, movimentos sociais defendem direitos civis de homossexuais e a criminalização da homofobia, o livro apresenta reflexões importantes para a compreensão dos embates e negociações entre as agremiações religiosas e as comunidades LGBT. O livro é resultado de um ano de pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde brasileiro.


sábado, 13 de agosto de 2011

17 de Maio: Dia Nacional Contra Homofobia


17 DE MAIO tornou-se oficialmente o Dia Nacional contra a Homofobia, através de decreto do Presidente Lula de 7\6\2010. Nos principais países do mundo, esta data é lembrada como um alerta para erradicar todas as formas de preconceito e discriminação contra as pessoas LGBT, que representam por volta de 10% da população mundial. Mais de 20 milhões de brasileiros, cujo índice de assassinatos aumentou em 113% nos últimos cinco anos. Em 2010 foram notificados 260 assassinatos de gays e travestis, contando-se já em 2011 um total de 76 “homocídios”, fazendo do Brasil o campeão mundial de crimes homofóbicos. O risco de uma travesti ser assassinada no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Afinal, quem é mesmo pedófilo?



O presente artigo busca problematizar alguns dos aspectos pertinentes ao debate contemporâneo em torno das “novas” modalidades de experimentação dos desejos erótico-sexuais, em especial a pedofilia/o pedófilo, discutindo os modos pelos quais tais conceitos vêm sendo re-significados nos últimos anos. A partir do referencial teórico dos Estudos Culturais e dos Estudos de Gênero, numa abordagem pós-estruturalista de análise, pretendo mostrar que, apesar das tentativas de aprisionar/ categorizar/ normatizar determinados comportamentos em torno da sexualidade, a partir de campos de conhecimento específicos, estes escorregam, escapam, vazam, nos sentidos que lhes são atribuídos.

Por: Jane Felipe.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Orientação sexual para adolescentes: relato de experiência

Orientação sexual para adolescentes: relato de experiência

Os autores apresentam aspectos teóricos e práticos que envolvem o Projeto de Extensão Universitária "Corporalidade e Saúde" da Universidade Federal de São Paulo. O desenvolvimento ocorre no campo da Promoção da Saúde, com ênfase nas questões do corpo e sexualidade, saúde mental e violência; visando catalisar discussões e reflexões críticas sobre esse universo. Tem como principal finalidade articular ações nos campos do ensino, assistência e pesquisa. Seu conjunto de ações está direcionado a adolescentes e jovens que freqüentam escolas de ensino fundamental e médio. É uma atividade que se apóia nas orientações do Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD), nas ementas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na Declaração dos Direitos Sexuais da World Association for Sexology, alem dos pressupostos da Psicologia Social e Psicanálise. Trata-se de uma prática libertária em que a sexualidade, quando compreendida e adequadamente canalizada, se traduz em amor, criatividade, potência geradora de progresso e de desenvolvimento.

Por: José Roberto Brêtas.