quarta-feira, 25 de maio de 2011

Curiosidades Sobre Pílula Anticoncepcional


01 – COMO A PÍLULA FUNCIONA?
Antes de tomar anticoncepcional é preciso saber sobre os hormônios contidos na pílula (estrogênio e progestina) atingem uma glândula no cérebro (pituitária) e bloqueiam os hormônios responsáveis pela ovulação. O organismo “pensa” que está grávido e a ovulação é interrompida. Assim, não ocorre a gravidez. Além disso, ela deixa o muco cervical (secreção que sai pela vagina e se parece com clara de ovo) mais espesso. Isso ajuda a imobilizar o espermatozóide.

02 – ALGUNS REMÉDIOS PODEM ANULAR O EFEITO DA PÍLULA?
Verdade. Nesses casos, a mulheres devem se certificar lendo a bula do medicamento a ser tomado juntamente com o anticoncepcional.

03- PÍLULA NO SHAMPOO ACELERA O CRESCIMENTO DO CABELO?
Segundo os especialistas seria uma grande desperdício. Pensem comigo: se anticoncepcionais realmente acelerassem o crescimento dos cabelos, já fariam parte da composição natural dos shampoos e mascaras capilares. É uma lenda totalmente sem fundamento!

04 – PÍLULA ENGORDA?
Essa questão pode não ser verdadeira, apesar de muitas mulheres afirmarem o contrário. Uma pesquisa recente avaliou a variação de peso de 128 mulheres em uso de contraceptivos orais durante 4 meses e descobriu que 72% das pacientes não apresentaram qualquer alteração de peso no final do período.

05 – PÍLULA FAZ MAL PARA O CABELO?
Não existem evidências científicas comprovando este fato.

06 – A PÍLULA CAUSA VARIZES?
A pílula possui sim diversos efeitos sobre o sistema cardiovascular e é possível que estejam envolvidos de alguma forma no desenvolvimento de varizes, mas as pesquisas realizadas não comprovaram nada até o momento.

07 – PARAR DE TOMAR PÍLULA PODE CAUSAR ACNE?
Verdade. A pílula reduz os níveis sangüíneos de androgênios (hormônios masculinizantes) e, dessa forma, podem colaborar para diminuir a gravidade da acne.

08 – A PÍLULA PODE SER USADA NO TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE?
Sim, a pílula realmente pode fazer parte do tratamento não-cirúrgico desta doença.

09 – PÍLULA REDUZ CÓLICAS MENSTRUAIS?
A menstruação dolorosa (dismenorréia) é menos freqüente nas mulheres que não ovulam. Por isso, as pílulas podem ser úteis em 70-80% dos casos de dismenorréia. Mas quando a pílula é suspensa, as mulheres geralmente sentem a mesma intensidade de dor que apresentavam antes do seu uso.

10 – MULHERES QUE TOMAM PÍLULA DEMORAM MAIS PARA ENGRAVIDAR QUANDO PARAM?
Verdade. O retorno à fertilidade em mulheres que interromperam o uso de hormônios leva mais tempo quando comparado às mulheres que interromperam outros métodos contraceptivos, mas não há prejuízo da fertilidade.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Direitos Sexuais e Reprodutivos

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Posso entrar sozinho (a) no consultório médico sem acompanhamento de meus pais ou outras pessoas?
Sim. O Código de Ética Médica garante que o direito de ser atendido sozinho independente de sua idade, se assim for o seu desejo, exceto em casos ddeficiências intelectuais, algumas formas de distúrbios psiquiátricos ou que se perceba a impossibilidade de cuidar de si ou de colocar a própria vida de outros em risco.

O médico, enfermeiro ou qualquer profissional de saúde pode informar aos meus pais sobre a consulta ou quaisquer outras informações sobre meu atendimento?
Não. O Código de Ética Médica e o Código de Ética da Enfermagem esclarecem que é proibido revelar segredo profissional de paciente menor de idade desde que estes tenham capacidade de avaliar e procurar meios para solucionar seu problema. Os Códigos destacam ainda que os profissionais da enfermagem e médicos são responsáveis pelo sigilo de toda a equipe.

Quero ter acesso a preservativos distribuídos gratuitamente nos postos de saúde, mas tenho vergonha de retirá-lo próximo de casa, pois lá exige cadastro participações em reuniões e nas unidades distantes a orientação é que se retire próximo de casa. O que fazer?
Você pode retirar os preservativos sem necessidade de cadastro ou da participação de grupos ou palestras. A nota técnica n. 13/2009 do Programa Nacional – DST/Aids do Ministério da Saúde recomenda que as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde facilitem o acesso das populações aos preservativos masculinos orientando que não haja necessidade de prescrição médica, solicitação de documentos de identificação, participação obrigatória dos usuários em palestras e outras reuniões.

Posso participar dos programas de planejamento familiar nas unidades de saúde para escolher um método contraceptivo?
Sim. A Lei Federal 9.263/96 que regula o §7º. do art. 226 da Constituição Federal trata do Planejamento Familiar não faz menção da faixa etária que se dispõe. O artigo 1º. Estabelece que “o planejamento familiar é direito de todo cidadão” e somente restringe a participação de menores de vinte e cinco anos nas esterilizações (laqueadura e vasectomia). Os princípios básicos do planejamento familiar (contracepção, assistência a concepção, o atendimento ao pré-natal, a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato, o controle das doenças sexualmente transmissíveis e o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, câncer de mama e do câncer de pênis) são de alcance também dos adolescentes.

Estou grávida e quero saber se tenho prioridade no atendimento?
Sim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) destaca a prioridade no atendimento e assegura à gestante adolescente por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) o pré e perinatal (após o parto) e as demais condições básicas para a mãe e para a criança.

Sou estudante e estou grávida. Tenho direito a licença maternidade sem prejuízo de perder o ano letivo?
Sim. A Lei Federal 6.202/75 atribui à gestante estudante a possibilidade de continuar os estudos em regime domiciliar após o oitavo mês e no período da licença-maternidade sendo prorrogável mediante atestado médico.

É proibido às adolescentes tomar a “pílula do dia seguinte”?
Não. A contracepção de emergência é uma medida de planejamento familiar. Conforme a Resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) no. 1811/2006 que estabelece normas éticas deste método emergencial afirma em seu artigo 4º. que a anticoncepção de emergência pode ser utilizada em qualquer etapa da vida reprodutiva e fase do ciclo menstrual, como forma de prevenção da gravidez. A resolução enfatiza ainda que a anticoncepção não se trata de interrupção da gestação, por isso não fere os preceitos legais do Código Penal vigente no país. Porém devido a elevada carga hormonal deve ser usada rigorosamente em emergências.

Um colega de classe me disse que as escolas devem separar alunos infectados pelo HIV dos outros. Isso é verdadeiro?

Não. A Portaria Interministerial n. 796 de 29/05/1992, dos Ministérios da Educação e Saúde estabelecem normas de procedimentos educativos sobre a transmissão e a prevenção do vírus HIV. Entre as normas e procedimentos encontram-se: a proibição de exigências de teste sorológico para admissão de matrículas de alunos ou para a contratação de qualquer funcionário; a garantia de sigilo a qualquer membro da comunidade escolar sobre sua sorologia e a proibição da distinção de classes especiais ou escolas específicas pelo critério sorológico. A portaria recomenda ainda que as escolas possam desenvolver projetos educativos que possibilitem aos indivíduos conhecer adequadamente as formas preventivas de transmissão do HIV e que, portanto, colaborem com a não discriminação dos portadores.


Referências:
1. Brasil. Lei 9263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º. Do art. 226 da Constituição Federal, que trata do Planejamento Familiar. Brasília (DF), 2010. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm. Acesso: 30/08/2010.
2. COFEN. Resolução COFEN 311/2007 – Código de Ética da Enfermagem. Disponível em: http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Principais_Legislacoes.pdf . Acesso: 30/08/2010.
3. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM 1811/2006 – Estabelece normas éticas para utilização, pelos médicos, da Anticoncepção de emergência, devido a mesma não ferir os dispositivos legais vigentes no país. Disponível em www.cfm.org.br .Acesso: 30/08/2010.
4. Conselho Federal de Medicina (Brasil). Resolução no 1931, de 24 de setembro de 2009. Aprova o código de ética médica. D Of União. 24 set 2009;(183, seção I):90-2. Retificações em: Diário Oficial da União. 13 out 2009;(195, seção I):173. Disponível em: http://www.in.gov.br Acesso: 24/04/2011.
5. Lei 6.202 de 17 de abril de 1975 – Atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares. Brasília (DF). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1970-1979/L6202.htm. Acesso: 30/08/2010.
6. Recomendação para a ampliação de acesso aos preservativos masculinos na rede de serviços do Sistema único de Saúde (SUS). Brasília (DF). Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/nota_tecnica_13_2009.pdf Acesso: 30/08/2010.
7. Portaria Interministerial n. 796 de 29/05/1992 dos Ministérios da Saúde e Educação – Normas e procedimentos educativos referente à transmissão e prevenção da infecção pelo HIV. Brasília (DF). Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/saude/dst-aids/pi796.92_MSe MEC_aidsnasescolas.pdf Acesso: 30/08/2010.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Importância do Papanicolau ou Citologia Oncótica


O exame de Papanicolau ou Citologia Oncótica verifica alterações nas células do colo do útero. Estas alterações podem ser detectadas pelo exame, as quais podem se transformar em câncer se não forem descobertas e tratadas. Também pode-se detectar infecções por vírus no colo do útero e infecções vaginais. As mulheres, principalmente as sexualmente ativas, deveriam se submeter a um exame preventivo no mínimo uma vez por ano.

Existe uma chance crescente de desenvolver este tipo de câncer se a mulher:
- Teve ou tem muitos parceiros sexuais;
- Ela ou o parceiro têm tido infecções genitais;
- Teve câncer de vulva ou vagina;
- O parceiro teve câncer de pênis;
- É fumante;

- Apresenta sistema imonológico debilitado.

Não deve-se usar ducha ou cremes vaginais durante os dois dias anteriores ao exame, nem manter relação sexual dentro das 24 horas anteriores, pois isto pode causar resultados incorretos.
O Papanicolau demora poucos minutos e é feito como parte de um exame ginecológico de rotina. Durante o exame, a mulher fica deitada, com os joelhos dobrados e as pernas afastadas. O médico introduz um aparelho específico na vagina, o qual permite a abertura de suas paredes para conseguir ver o colo do útero. Então, ele utiliza um cotonete especial, uma escovinha ou uma palheta para, esfregando, remover algumas células do colo do útero, as quais serão mandadas a um laboratório para serem analisadas microscopicamente.
O teste é rápido, seguro e gratuito e pode ser realizado na UBS mais próxima.

Referência: http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?libdocid=3260&fromcomm=4&commrr=src

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Artigo: Álcool e Tabaco Entre Adolescentes

Ambiente familiar e consumo de álcool e tabaco entre adolescentes

Trata-se de estudo contendo ao todo 25 questões sobre o uso álcool e tabaco, realizado junto a 1.533 adolescentes de ambos os sexos, tendo por critérios de inclusão: adolescentes entre dez e 20 anos de idade, matriculados e frequentando regularmente a sexta, a sétima ou a oitava séries do ensino fundamental e o primeiro, o segundo ou o terceiro anos do ensino médio das escolas estaduais situadas nas regiões de Santo Eduardo e Santa Emília, no município de Embu. Os dados demonstraram que 66% dos adolescentes que não experimentaram bebidas alcoólicas não possuem familiares que bebem frequentemente e 84% dos que são fumantes apresentam familiares que fumam.
O ambiente familiar induz e facilita o uso de álcool e tabaco por adolescentes, tornando-se fundamental a utilização deste conhecimento na elaboração de projetos de prevenção e educação em saúde.

Por: Rafael Souza Moreno.

Artigo: Representação de Gênero na Enfermagem-Cliente

Representações de gênero nas relações estudante de enfermagem e cliente: contribuições ao processo de ensino-aprendizagem 

O objetivo do estudo foi identificar, conhecer e aprofundar o conhecimento sobre as relações de gênero entre estudantes e clientes na prática do cuidado de enfermagem. Estudo de abordagem qualitativa fundamentado nos pressupostos da representação social e analisado à luz dos referenciais teóricos de gênero. Os resultados foram organizados em uma árvore máxima a partir da qual emergiram como elementos periféricos dois eixos temáticos: “A tríade igualdade/diferença/desigualdade no cuidadode enfermagem” e “A falta de preparo: a lacuna no ensino”.
Os resultados expressam uma dificuldade por parte dos(as) estudantes em prestar cuidado ao gênero que não é o seu; revelam um discurso ancorado na percepção das diferenças sexuais e na crença de uma heterossexualidade presumida.

Por: Renata de Lima Muroya.