terça-feira, 19 de novembro de 2013

Educação em sexualidade: os agentes e os saberes de adolescentes em conflito com a lei

Educação em sexualidade: os agentes e os saberes de adolescentes em conflito com a lei

Objetivos: Este estudo é resultado da pesquisa que  buscou conhecer as Representações Sociais de adolescentes em conflito com a lei sobre  sexualidade, identificar os comportamentos relativos à sexualidade, a educação em sexualidade recebida e as subjetividades do tema.  
Métodos: Estudo qualitativo com nove adolescentes do sexo feminino em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto. Foram utilizados os pressupostos das Representações Sociais e a  coleta dos dados se deu por meio de entrevista com quatro questões norteadoras. 
Resultados: Os dados foram organizados numa figura das Representações Sociais em que o maior sistema periférico concentrou-se na educação em sexualidade com tipos de agentes e informação. 
Conclusão: Ficou perceptível que as Representações Sociais das adolescentes  considerou a sexualidade como o resultado da educação recebida por seus agentes. Os comportamentos sexuais mostraram o aprendizado reelaborado no contexto, revelando a importância para elas de estar na “normalidade”, aprendida com os roteiros sexuais entre pares, instituição socioeducativa, escola, mulheres da família, parceiros, revistas e no cotidiano. A instituição socioeducativa ganhou grande importância no papel educativo estando à frente da escola e da família. Os pares mostraram maior influência na aprendizagem da sexualidade, porém, onde também circulam informações incorretas e tabus. A sexualidade das adolescentes está representada por alicerces de vergonha, medo, diferenças de gênero sobre prazer, liberdade sexual, moralismo e uma visão negativa sobre a sexualidade feminina.  As Representações Sociais estão ancoradas no discurso do século XVIII sobre uma sexualidade marcada pela égide médico-higienista transmitidas e reforçadas pelas subjetividades pelos agentes da educação em sexualidade.

Por: Ma. Silvia Piedade de Moraes e Dr. José Roberto da Silva Brêtas.



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