Educação em sexualidade: os agentes e
os saberes de adolescentes em conflito com a lei
Objetivos: Este estudo é resultado da pesquisa
que buscou conhecer as Representações
Sociais de adolescentes em conflito com a lei sobre sexualidade, identificar os comportamentos
relativos à sexualidade, a educação em sexualidade recebida e as subjetividades
do tema.
Métodos: Estudo qualitativo com nove adolescentes do sexo feminino
em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto. Foram utilizados os
pressupostos das Representações Sociais e a
coleta dos dados se deu por meio de entrevista com quatro questões
norteadoras.
Resultados: Os dados
foram organizados numa figura das Representações Sociais em que o maior sistema
periférico concentrou-se na educação em sexualidade com tipos de agentes e
informação.
Conclusão: Ficou
perceptível que as Representações Sociais das adolescentes considerou a sexualidade como o resultado da
educação recebida por seus agentes. Os comportamentos sexuais mostraram o
aprendizado reelaborado no contexto, revelando a importância para elas de estar
na “normalidade”, aprendida com os roteiros sexuais entre pares, instituição
socioeducativa, escola, mulheres da família, parceiros, revistas e no
cotidiano. A instituição socioeducativa ganhou grande importância no papel
educativo estando à frente da escola e da família. Os pares mostraram maior
influência na aprendizagem da sexualidade, porém, onde também circulam
informações incorretas e tabus. A sexualidade das adolescentes está
representada por alicerces de vergonha, medo, diferenças de gênero sobre
prazer, liberdade sexual, moralismo e uma visão negativa sobre a sexualidade
feminina. As Representações Sociais
estão ancoradas no discurso do século XVIII sobre uma sexualidade marcada pela
égide médico-higienista transmitidas e reforçadas pelas subjetividades pelos
agentes da educação em sexualidade.
Por: Ma. Silvia Piedade de Moraes e Dr. José Roberto da Silva Brêtas.
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